A Biologia da Conservação foi cristalizada como uma disciplina devido não somente ao crescimento da percepção de uma crise de extinção, mas também devido a percepção de uma lacuna entre ecólogos e manejadores de recursos (Meine, 1995) e desenvolvida para combater a crise dabiodiversidade, com dois objetivos principais: primeiro, entender os efeitos da atividade humana sobre as espécies, comunidades e ecossistemas, e, segundo, desenvolver abordagens práticas para prevenir a extinção de espécies e, se possível, reintegrar as espécies ameaçadas ao seu ecossistema funcional (Primack e Rodrigues, 2001).
Os biólogos da conservação sabem que cada espécie é uma peça-chave da evolução, potencialmente imortal exceto por chance rara ou escolha humana, sendo sua perda um desastre (Wilson, 2000). As comunidades biológicas que levaram milhões de anos para se desenvolver vêm sendo devastadas pelo homem em toda a terra e a lista de transformações de sistemas naturais que estão diretamente relacionadas à atividades humanas é longa (Primack e Rodrigues, 2001), ou seja, a escolha humana prevalece.